1.12.05

Isabel de Castro


Gajas,

Eu sei todas nós nos habituamos a abrir este blog à espera de uma nova tesourada hilariante, da melhor cusquice, e do insight provocador. Mas nem só de isto vive uma gaja. É com muita pena que interrompo este ciclo de tesouradas fenomenais que temos tido, mas não posso deixar de partilhar com vocês o que sinto neste momento.

Morreu Isabel de Castro.

OK muita gente morre e nem por isso falamos delas. Mas Isabel de Castro era especial.
Confesso não ser grande fã de cinema português. Mas uma coisa é certa se Isabel de Castro estava num filme, então valia a pena ver. O filme poderia ser mau, mas a beleza de Isabel de Castro superava tudo. E principalmente porque ela tinha a beleza a que eu aspiro. Era uma mulher que não ficou presa ao ícone de beleza que havia sido nos anos 50 e 60 (ao nível de qualquer Marylin Monroe, Brigite Bardot, ou Sophia Loren). Era uma mulher que reinventou a sua beleza sempre. Era uma mulher em que a beleza vinha de todas as parte, dos olhos fundos e tristes, das rugas inúmeras, da voz de cana rachada, mas sobretudo de uma experiência de vida que explodia em cada movimento, e de uma doçura quase brutal. De facto apenas consigo pensar numa outra star com as mesmas qualidades, Katherine Hepburn. (Por pura ignorância cibernautica não consigo introduzir uma foto da Katherine Hepburn.)

A mana tesoura

4 comentários:

Anónimo disse...

Bem, vai ser mesmo hoje que vou deixar a minha posta (antes de mais, queridas gajas, deixem-me dizer k é com mto agrado k eu vejo este blog que me faz passar tão agradaveis momentos). Apesar de não ser tão admiradora da senhora como a mana tesoura, não posso deixar de me lembrar do dia em que a vi, nesta bela cidade que é o Porto. Devia ser o final de uma fria e solarenga manhã de Inverno e lá ia Isabel de Castro, serena, algo cansada, mas segura de si e com um olhar longínquo. Devia ir para o Teatro S.João, deduzi eu. Era pequenina mas nem por isso deixava de ter um certo porte...não sei explicar bem...

Criança em Crescimento disse...

Estou chocada, não sabia.

Anónimo disse...

estou à espera desta mesma pousta com o título "Eunice Muñoz".

ASPHALTO disse...

A mim marcou-me de jovem a calcorrear as avenidas novas de lisboa nos Verdes Anos, ao som do Paredes.