16.6.06

Terceira posta seguida sobre futebol

É verdade, meninas, a reincidência na temática futebolística está a dar cabo da nossa credibilidade. Mas - co' a breca! - temos a desculpa do Mundial, e não pude resistir a fazer este post e a copiar a notícia que se segue.
Reparem como a comunicação social é tendenciosa! Apesar de tentar dar uma no cravo e outra na ferradura, parece-me inequívoco que o autor deste artigo toma instintivamente o partido do gajo... Nunca é fácil ser-se gaja, mas em altura de Mundial a coisa ainda se complica mais!

"Chinês tranca a mulher no quarto para poder ver o Mundial em paz

Em Inglaterra, na Holanda ou na China, as mulheres são um pouco iguais. Ditadoras com rasgos autoritários. Esta estória, chega do Oriente, por acaso. Um chinês estava na sala a ver o Argentina-Costa do Marfim, quando a mulher se levantou da cama, foi à sala e lhe desligou a televisão. Queixava-se que eram três horas da manhã - a diferença horária tem destas coisas - e que não conseguia dormir perante os gritos do marido a cada jogada de maior perigo.
E então desligou o aparelho. Sem sequer procurar perceber as razões do homem a quem prometera no altar respeitar nos bons e nos maus momentos. O adepto, de apelido Li, que vive na cidade de Putian, no sudeste chinês, respondeu na mesma moeda. Sem questionar as razões da mulher, pegou nela e trancou-a no quarto para poder ver o jogo em paz. No final fica a certeza de que no mínimo falta algum espaço para o diálogo nesta relação conjugal. " in Mais Futebol

15.6.06

Os deuses devem estar loucos

Pegando na deixa da gaja que tem sonhos eróticos com o Scolari (polamordedeus, com tanto gajo bom por aí podia ter arranjado uma coisita melhor, não?) queria aqui deixar a minha opinião sobre esta colecção do Público.
Pronto, não vou falar do lettering escolhido, que é o mesmo que eu usava nos meus trabalhos de História do 9º ano. Nem vou dizer mal do título que me faz lembrar uma comédia chinesa que passa na TVI aos domingos à tarde.
Eu sei que sou gaja. E não percebo nada de futebol. Mas não tinham outro futebolista português que não o Rui Costa para incluir nesta série? Sei lá, se era pra escolher só um, eu ia mais pro Futre ou pro Fernando Gomes, que até foi bota de ouro e tudo.
Ok. Se querem o Ruizinho tudo bem, mas pelo menos escolhiam uma foto mais catita (parece saído do Planet of the Apes). E não podiam escrever algo menos ambíguo que "As provas duraram 10 minutos e Rui acabou com duas bolas..."?

FriFri

14.6.06

Maldito Mundial!

Hoje tive outro sonho estúpido. Foi assim: estava eu a tentar descortinar um erro num ficheiro de computador para usar num programa (só isto já é um tradicional pesadelo de quem trabalha na área das gajas), quando aparece o meu orientador. Só que o meu orientador não era ele próprio, era nada mais nada menos do que o Scolari, que, atrás de mim, só dizia: "não pode falhar", "não pode falhar", "não pode falhar", "não pode falhar". A bem dizer, nos tempos que correm quer o Scolari quer o meu orientador fazem o mesmo pela minha tese (nada), pelo que a confusão poderá ser natural.
Mas o que eu queria salientar aqui é como se já não bastasse ter de aturar diariamente conversas sobre futebol, postas sobre futebol, reportagens sobre futebol, análises sobre futebol e, de vez em quando, jogos de futebol, hoje tive um sonho relacionado com futebol. Como o sonho foi mais do género pesadelo, dormi pouquíssimo e como resultado hoje estou ensonada, pouco produtiva e mal humorada. A culpa é do mundial. Estou mesmo farta!

9.6.06

Teenagers, paizinhos, camisas às bolinhas e muita música ró!

Na quarta-feira, as gajas baldaram-se ao trabalho, apanharam um comboio e foram até à capital. Às cinco e meia da tarde já estavam sentadinhas no chão à sombra do palco principal do Super Bock Super Rock, ansiosas por ver a estreia dos meninos Editors em terras portuguesas.
Assim que olhámos em volta, quase morremos de susto: "Ai qu'isto é só miudage!" Havia na primeira fila gente mais nova do que a minha mochila! Mas o que era um esgar de horror cedo se transformou num sorriso maravilhado. É que as meninas da primeira fila, como teenagers que eram, ainda estavam em fase de crescimento e eram em geral bastante baixotas. Estar num concerto e ser mais alta do que a média é uma agradável novidade para a gaja manca (sim, que a gaja mouca não tem problemas desses!), que ainda recorda com tristeza aquela noite de Julho em que ficou atrás de uns gigantescos ingleses que não a deixaram ver Thom Yorke e companheiros em todo o seu esplendor.
Por isso, obrigada Keane por serem quem são e encherem as plateias de gente de baixa estatura!
Sem cabeças pela frente, o concerto de Editors excedeu as expectativas. Foi sentido, intenso, íntimo apesar do local a isso não ser propício, musicalmente perfeito. Voltem, meninos, por favor! E venham conhecer o Porto, para a próxima! Acabado o concerto de Editors, ouviram-se uns sons familiares vindos do palco nacional... Sim, eram eles, os nossos já conhecidos Weatherman! E lá estava o nosso também conhecido paizinho a tirar fotos da plateia, a trautear as músicas e a aplaudir entusiasticamente! A seguir, os fabulosos dEUS! Eu, que já não via um concerto deles há oito anos oito e estava à espera que estivessem mais calmos, espantei-me perante o concerto electrizante que nos proporcionaram! É bom saber que há coisas que não mudam!
Após o concerto de dEUS, iniciou-se a longa espera por Franz Ferdinand. Houve demasiado tempo para cerveja e bifanas, por isso as gajas, em jeito de passatempo e sempre atentas às coisas da moda, começaram a contar as camisas sem costas às bolinhas que iam aparecendo. Acreditem, minhas amigas, a Zara deve andar a fazer promoções daquelas coisas. Vimos dezenas de exemplares do mesmo modelito, em variadas cores! Estavam por todo o lado. Se por acaso eu tivesse dormido alguma coisa nessa noite, teria certamente sonhado com blusas às bolinhas! Já que pegámos neste assunto, segundo os mandamentos da nossa rainha da moda FriFri, é foleiro levar para os concertos t-shirts da banda que vamos ver; mais foleiro ainda, digo eu, é pertencer a uma banda e levar uma peça de roupa com o nome da dita cuja. E tenho dito tudo o que tinha a dizer sobre os Cult, porque o resto fica imperceptível no meio de um grande bocejo.
Para os Keane nem sequer olhei; bastou-me a dor de cabeça que se ia instalando à medida que desfiavam o seu rol de sucessos.
E eis que começa o concerto de Legendary Tiger Man, um one-man-show que fiquei com vontade de rever! Pena foi que tivesse durado tão pouco!
E finalmente, os Franz Ferdinand. Não foram o melhor da noite porque os Editors açambarcaram desde logo essa posição, mas foi um grande concerto! Uma enorme presença e uma empatia reservada aos que realmente se divertem em palco... Os verdadeiros artistas!