1.3.06

O Carnaval à portuguesa

Ontem, pela primeira vez em muitos anos, decidi festejar o carnaval. Não, amigas gajas, não se assustem! Não desfilei num carro alegórico nem sambei de maminhas ao léu com a pele arrepiada com o frio do Fevereiro português! Não gosto de Carnavais importados! Quem chama aos carnavais que tentam imitar o do Rio "os mais portugueses de Portugal" está, em minha opinião, muito enganado!
Ontem fui a Podence, aldeia do concelho de Macedo de Cavaleiros, e delirei com os caretos. Para quem não sabe, os caretos são uma espécie de diabretes que têm as suas origens em rituais pagãos de fertilidade e que se festejam um pouco por todo o lado em Trás-os-Montes, embora estejam em perigo de extinção. É como um ritual de passagem dos rapazes à idade adulta. Fazem tropelias, entram em todas as casas da aldeia, dizem as verdades que lhes vêm à cabeça e perseguem as raparigas, a quem tentam acertar com os chocalhos que têm à cintura. Ainda tenho as nódoas negras nas costas dos quatro chocalheiros que me elegeram como alvo. Só me senti um pouco desconfortável com o careto franzino e com cerca de metro e meio que me abordou - poderia ser um rapazito de 13 anos? Não achei bem e neste caso em particular dei por mim a pensar que se calhar o carnaval com "tudo à mostra" às vezes tem as suas vantagens...

4 comentários:

Anónimo disse...

Tudo depende do tamanho do chocalho.

gaja disse...

Não gaja tarada... para mim não... mesmo sendo eu a tarada da mana tesoura, um anão ou um puto de treze anos, por muito apetitoso que fosse o chocalho não marchava... ai isso não...

A mana tesoura

Anónimo disse...

"Fazem tropelias, entram em todas as casas da aldeia, dizem as verdades que lhes vêm à cabeça e perseguem as raparigas, a quem tentam acertar com os chocalhos que têm à cintura." - Eu faço isto todo o ano!

Anónimo disse...

tá mt fixe visita-me