21.10.09
Só para que fique registado II
1. O Saramago tem todo o direito de ter uma opinião e a de a dizer, seja ela qual for!
2. A igreja católica também tem todo o direito de a contestar e de responder ao que considera uma ofensa.
Não podíamos ficar por aqui? Vivemos ou não num país onde existe liberdade de expressão? Por que é que é assim tão estranho que as pessoas dela usufruam? Por que é que é suposto podermos manifestar algumas opiniões livremente e outras não? Por que é que se tem muito mais medo de ferir susceptibilidades quando estas se referem a religião? Por que é que se apelida de "ofensa inaceitável" uma crítica, por mais pequena que seja, a crença religiosa de alguém mas, à luz da liberdade de expressão, se toleram graves insultos sobre outros quaisquer atributos? Por que é que uma opinião sobre religião é uma falta de respeito e uma opinião sobre outra coisa qualquer é só uma opinião?
Onde estavam todas estas pessoas indignadas quando, ainda agora, na campanha eleitoral, foram ditas tantas coisas profundamente escabrosas e desrespeitosas? Assistimos diariamente a todo o tipo - uma parafernalia constante - de faltas de respeito. Todos os dias criticamos o Governo, os partidos, outros países. Onde estão as vozes defensoras da honra dessas instituições? O que é que a igreja tem para achar que esta acima de qualquer crítica? O que é que os portugueses tem para concordar com isto?
Deixemo-nos de hipocrisias, sim?
Só para que fique registado I
(é possível que seja a última vez, por isso quero que fique aqui registado para não me esquecer!)
6.10.09
14.9.09
Ai o sacana!
Pessoa que habitualmente dá conselhos sábios a Quentin Tarantino: Mas Quentin, filho, isso não faz nada o teu género…
Quentin Tarantino: Oh, mas eu queria tanto… Com nazis e suásticas e essas coisas todas! As fardas deles são tão giras pá!
Pessoa que habitualmente dá conselhos sábios a Quentin Tarantino: Tás mas é doido, homem! O que vais fazer? Filmar judeus muito magrinhos a morrer na câmara de gás e pôr toda a gente a chorar? O Spielberg já fez isso, o Polanski também…
Quentin Tarantino: Pois fizeram! E ganharam Óscares e tudo, tás a ver! Mas bora lá fazer uma coisa diferente - assim mais divertida, sei lá! Olha, até estava a pensar chamar o Brad Pitt…
Pessoa que habitualmente dá conselhos sábios a Quentin Tarantino: Ah Ah Ah. O Brad Pitt? Olha, passou-se! A fazer de quem? De Hitler ou de Goebbels?
Quentin Tarantino: Olha, sua desmancha-prazeres, eu cá me arranjo! Ai que chata que tu me saiste mulher!
E Tarantino bateu a porta sentindo-se incompreendido. Partiu naquela estrada e filmou “Inglourious Basterds”. E nenhum fã ficou desiludido.
3.9.09
Pelos caminhos de Portugal - a sequela
Nunca imaginei que um dia iria publicar uma segunda versão desta posta.
Mas cá está: um ano depois e a 150 Km de distância, o mesmo insólito fenómeno!
25.8.09
28.7.09
eu admito tudo
17.7.09
E se eu a apanhasse já amanhã?
Terá sido por isso, mas também por ser um gajo que domina a ironia como poucos, que o Jens Lekman passou a ser assíduo cá de casa.
No entanto, foi preciso que se passassem quase dois anos para que o senhor nos desse a honra da sua presença e marcasse um concerto em Portugal. Que contente fiquei eu, ao anotar na minha agenda “18 de Julho, Jens Lekman nos Maus Hábitos”.
A minha alegria, contudo, pouco durou. Correu a notícia que o artista havia contraído o vírus H1N1, souvenir de uma visita à América Latina. “Logo agora, que azar o meu”, pensei eu! Numa inédita (sim, inédita!) crise de umbiguismo, não é que dei por mim dei a pensar na minha pouca sorte? Quando afinal o azar era todo do pobre rapaz, de quarentena e a arder em febre lá na sua casa escandinava.
Ao mesmo tempo por cá circulavam as instruções do Ministério da Saúde para evitar a epidemia: lavar bem as mãos, não espirrar para o próximo, evitar a permanência em locais fechados e pouco arejados, onde a proximidade entre pessoas seja inferior a 1 metro. Ora, um concerto de um infectado pareceu, de repente, uma ideia brilhante! Logo me imaginei na primeira fila, uma gigi a proteger as vias respiratórias, não fosse o senhor Jens Lekman do género perdigoteiro.
É claro que eu sou uma gaja informada e sei que, passada a quarentena, termina o risco de contágio. O que por um lado é uma pena. Se apanhasse a gripe A agora ficava já com o assunto arrumado e escusava de ficar com o assunto pendente até Outubro, quando 25% da população portuguesa estiver doente e entupir todos os hospitais.
Porque já se sabe que não escaparei. Gaja com bronquiozinhos caprichosos é sempre mais susceptível à gripalhada…
28.6.09
E a pedido de várias famílias
Kalé: põe no ar a Billy Jean, please
Gaja Mouca: vossos desejos são ordens
Kalé: com o seguinte comentário
Kalé: "era de mumificar este freak e pó-lo em exposição no British Museum, so all the kool kids would know"
Gaja Mouca: mas ele não estava já mumificado?
Kalé: é certo, é certo
Kalé: mas nada como oficializar a coisa
26.6.09
um conceito inovador de dieta
Corte-me uma perna. "
Gonçalo M. Tavares, O senhor Brecht
18.6.09
ainda pior que as rugas
Jovem 1 - Ontem vi um filme bué da fixe! Já é bué da velho, mas dos melhores que já vi!
Jovem 2 - Mas é assim é tão antigo?
Jovem 1 - Oh pá, é! É de 1994...
Jovem 2 - Yah, bué da velho! Mas como se chama mesmo?
Jovem 1 - Pulp ficton!
Jovem 2 - Nunca ouvi falar...
Gajas bué da velhas, como nós, tiveram a oportunidade de ver o dito filme nas salas de cinema no século passado. No entanto, como a nossa memória poderá já estar algo danificada pelas doenças neurodegenerativas, cá fica a lembrança.
Let's look at the traila*!
Também serve para explicar à criançada que usava fraldas em 1994, porque é que gajas com uma certa idade dançam de forma tão esquisita, movimentando os dedos em V à altura dos olhos! Não, não vinha nos nossos manuais de Educação Física, disciplina à qual se chamava "Ginástica" na antiguidade. Na verdade aprendemos todas com a Uma Thurman - que já agora é a mesma senhora que anos mais tarde ficou famosa por se vestir de amarelo e arrancar olhos a outras gajas com os próprios dedos!
*frase apenas familiar para pessoas bué da velhas, que cresceram no longínquo tempo em que o cabelo do Herman José ainda não era amarelo