31.7.08
Autocarro
Gajas,
Isto com o aumento dos precos dos combustiveis e a minha estupida carripana a avariar frequentemente e uma despesa quase impossivel. Bem sei que uma gaja ate e bastante bem paga pela FCT, ave ave FCT, mas o dinheiro escoa-me pelas maos. Sem querer soar a cliche, a gaja facadas adora ir as compras...
Isto para dizer que comecei novamente a andar de autocarro. E andar de autocarro pode ser uma aventura do caracas. Tem as suas vantagens: e mais barato, nao se tem de andar a procura de estacionamento a meia milha do trabalho e vem-se umas figuras muito parapateticas... Para alem do mais algumas rotinas agradam-me. Uma delas e o judeu que entra todos os dias no autocarro com a sua yarmulke (pequena boina redonda) na cabeca e que mal se senta comeca a ler religiosamente a sua Torah de bolso. O tipo e sempre extremamente simpatico e quer-me parecer que podera estar a estudar-me para tentar perceber se sou o tipo de gaja que me converteria numa boa judia. Eh, nao me parece. De qualquer das maneiras o foco de atencao hoje foi a motorista de autocarro. Era uma gaja dos seus quarenta, negra, muito gorda e simpatica. A dada altura para numa paragem sem que ninguem quisesse sair ou entrar, pega na sua mochila, avisa eu volto ja e vai a bomba de gasolina comprar um balde de coca-cola. Como se isso nao chegasse, a viagem continua e passado um bocado torna a parar, sai do autocarro e chama um tipo que esta na rua e que parece nao querer vir. Ela sai, eles falam uns minutos e por fim acabam por entrar os dois no autocarro. Os autocarros (o To, que eu e a gaja fotografa exilada no Luxemburgo adoravamos naquel louco primeiro ano de faculdade) no nosso querido porto podem ser caoticos, mas nunca vi nada como isto. E mais surpreendente, ninguem se queixou... Isto porque ao contrario dos autocarros que no Porto andam sempre atrasados, aqui, as coisas estao tao incrivelmente bem organizadas e o transito e tao pouco que eles tem tempo de parar para comprar bebidas, falar com os filhos e etc, e mesmo assim estao sempre a horas!
Bem, acabo de me aperceber que isto nao tem grande piada, mas acreditem que ao vivo teve...
Enfim, fim das cronicas do autocarro parte I.
A facadas
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
3 comentários:
Na Nova Jérsia também era assim. Eu andava imenso de autocarro, porque não tinha carro e às vezes a neve incomodava um bocadinho. E o senhor (ou senhora) motorista também iam sempre comprar o seu balde de café (sim, porque com graus negativos uma pessoa quer é algo que aqueça o corpinho) enquanto a gente ficava a secar (e a tiritar, uma vez que deixavam sempre a porta aberta)...
Exactamente as portas ficam abertas e o autocarro a trabalhar.Com tanto louco a solta, porque e que ninguem pega no autocarro e se faz a estrada? Essa e que e a minha pergunta. Pode ser que se fosse feita refem por um dia, depois me dessem cidadania americana para compensar por possiveis danos psicologicos infligidos pela experiancia...
A facadas
A TÓlogia é, aliás, uma ciência - os seus princípios e teoremas estão descritos nos "capítulos cristalográficos".
(gosto de acreditar que os capítulos cristalográficos foram uma espécie de percursor - ainda na era do papel - das gajas no corte...)
Enviar um comentário