28.7.09
eu admito tudo
17.7.09
E se eu a apanhasse já amanhã?
Terá sido por isso, mas também por ser um gajo que domina a ironia como poucos, que o Jens Lekman passou a ser assíduo cá de casa.
No entanto, foi preciso que se passassem quase dois anos para que o senhor nos desse a honra da sua presença e marcasse um concerto em Portugal. Que contente fiquei eu, ao anotar na minha agenda “18 de Julho, Jens Lekman nos Maus Hábitos”.
A minha alegria, contudo, pouco durou. Correu a notícia que o artista havia contraído o vírus H1N1, souvenir de uma visita à América Latina. “Logo agora, que azar o meu”, pensei eu! Numa inédita (sim, inédita!) crise de umbiguismo, não é que dei por mim dei a pensar na minha pouca sorte? Quando afinal o azar era todo do pobre rapaz, de quarentena e a arder em febre lá na sua casa escandinava.
Ao mesmo tempo por cá circulavam as instruções do Ministério da Saúde para evitar a epidemia: lavar bem as mãos, não espirrar para o próximo, evitar a permanência em locais fechados e pouco arejados, onde a proximidade entre pessoas seja inferior a 1 metro. Ora, um concerto de um infectado pareceu, de repente, uma ideia brilhante! Logo me imaginei na primeira fila, uma gigi a proteger as vias respiratórias, não fosse o senhor Jens Lekman do género perdigoteiro.
É claro que eu sou uma gaja informada e sei que, passada a quarentena, termina o risco de contágio. O que por um lado é uma pena. Se apanhasse a gripe A agora ficava já com o assunto arrumado e escusava de ficar com o assunto pendente até Outubro, quando 25% da população portuguesa estiver doente e entupir todos os hospitais.
Porque já se sabe que não escaparei. Gaja com bronquiozinhos caprichosos é sempre mais susceptível à gripalhada…