24.10.07

Red List de Piropos

Pois ainda que não me queira armar em colunista sentimentalóide deste mui nobre blog ouvi dizer por aí que os piropos tinham entrado em extinção...
Como cidadã emocional e emocionada por esta questão resolvi cortar sobre este assunto que considero de extrema importância e tenho a pretensão de iniciar uma verdadeira cadeia dos amigos-do-piropo!

Então cá vai disto (cientificamente por categorias, que isto não é brincadeira nenhuma...):

botânico-que-se-impõe-por-deformação-profissional-e-que acho-piroso-até-na-primavera:
"Tu és a mais bela das flores, uma rosa. Queres florescer no meu jardim?"

herança católico-judaica-e-para-ler-com-sotaque-brasileiro:
"Se beleza fosse pecado, Deus não te perdoaria jamais!"

lógico-docinho-meloso:
"És a minha pipoquinha (porque és boa como o milho...)!"

biológico-que-se-dizia-quando-um-gajo-astronomia-passava-no-corredor:
"Que bela união gamética!"

gastronómico-saudosista-que-diziam-nos-filmes-a-preto-e-branco-que-a-minha-avó-via:
"O que é doce nunca amargou..."

desesperado-sexy-...:
"Ai se te apanho entre mim e o chão que piso..."

e o que nenhuma gaja devia ter de ouvir:
"Já foste boa!"


E fica assim cumprida a minha missão neste mundo...

P.S. - toda esta exploração mental começou porque hoje ouvi um daqueles assobios (que são um piropo per se)....mas afinal era só o toque de chegada de mensagem do telemóvel do gajo que ia sentado atrás de mim no autocarro.....uma imperatriz não havia de ser sujeita a tamanha humilhação..mas também quem anda de 207 sujeita-se....

23.10.07

Manhatã

Uma canoa canoa
Varando a manhã de norte a sul
Deusa da lenda na proa
Levanta uma tocha na mão
Todos os homens do mundo
Voltaram seus olhos naquela direção
Sente-se o gosto do vento
Cantando nos vidros nome doce da cunhã:

Manhattan, Manhattan
Manhattan, Manhattan

Um remoinho de dinheiro
Varre o mundo inteiro, um leve leviatã
E aqui dançam guerras no meio
Da paz das moradas de amor

Ah! Pra onde vai, quando for
Essa imensa alegria, toda essa exaltação
Ah! Solidão, multidão
Que menina bonita mordendo a polpa da maçã:

Manhattan, Manhattan
Manhattan, Manhattan


22.10.07

Já chega de postas a dizer bem de pessoas...

É o rádio do gabinete sempre na RFM e eu a gramar o novo Jorge Palma até ao limite do suportável! Tão pouco inspirado que está o senhor, credo, que até me custa a crer que seja o mesmo da “Estrela Do Mar”.
Ainda não tinha julgado, no entanto, que o Jorge Palma merecesse uma posta de corte até ver este vídeo, onde os protagonistas da cena musical nacional se vem encostar a ele
Olha tantos amigos que ele tem, ele é o Sérgio Godinho e o Vitorino, o Rui Veloso, o João Gil, o Tim e os Clã. Também tem amigos mais novinhos (a quem deita um olhinho paternalista), que veneram e invejam o seu talento, como o João Pedro Pais e mais uns como ele. O vídeo parece um beija mão ao rei-sol no seu trono e fica-lhe mal. Quem achar que o Jorge Palma se tornou pretensioso ponha o dedo no ar!
Sim senhor, a ideia de trazer os amigos até nem é inédita. Mas quem explica ao Jorge que ele não é o Johnny Cash, e também não está morto (ou estará?).

15.10.07

A Mouca foi às compras...





... e lá pôs o novo disco da PJ Harvey no saco, sem sequer pedir uma amostra na loja. Sem fazer ideia, portanto. Chegou a casa, pôs a menina a tocar e pasmou-se! Era a Polly, diz que sim, mas absolutamente irreconhecível aos ouvidos dos fãs. Uma Polly em versão pianinho. É como ouvir a gaja mais valentona da turma confessar que não é sempre má. Mesmo estranho. Mesmo bonito.

1.10.07

Quanto valem os Radiohead?


Já não era sem tempo. Quer dizer, uma banda tem as suas obrigações. Isto não é só viajar pelo mundo, boa vida e coisas assim. Há que trabalhar!
E parece que os moços acabaram finalmente o trabalho que tinham em mãos - os Radiohead lançam o novo álbum a 10 de Outubro. Chama-se “In rainbows” e esta à venda apenas no website da banda. Parte do problema é que a banda não tem editora! Mas os rapazes sempre gostaram de ser anti-establishment e cá está uma maneira de mostrar que se pode fazer um disco sem o apoio de uma editora ou de uma distribuidora – mai nada!
A grande novidade é que o disco não tem preço. Cada comprador decide quanto quer pagar, como nas quermesses de aldeia. Estamos muito curiosas e as duas já nos pusemos a discutir quanto valem os Radiohead.
Confrontados com a escolha, quanto é que o público pagaria por um álbum? Entregava-se à forretice de não pagar nada? O preço das lojas? O preço que levam os senhores do iTunes?
Digam-nos de vossa justiça amigas, que DCEON fará a análise e apresentará os resultados!

A Facadas e a Mouca,