29.6.07

As minhas teorias da conspiração 2

Reparei que 80% das pessoas que conheço não conseguem resistir ao impulso de trautear “é como encontrar um trevo na tromba de um elefante”.
Terei sido eu a única a reparar na grande semelhante entre o trevo do Jumbo e o símbolo do MPT – Partido da Terra?

A minha teoria é:

Cá para mim a música (que deve estar recheada de mensagens subliminares), conjuntamente com as cada vez mais frequentes aparições do Eng. Gonçalo Ribeiro Telles na TV a respeito dos mais variadíssimos assuntos, fazem parte de um plano dos Eco-marialvas para dominar Portugal, quiçá o Mundo. Eu sempre disse que esses tipos são perigosos...

As minhas teorias da conspiração 1

Esta semana cheguei a casa mais cedo para almoçar e quando liguei a televisão estava o Pato Donaltim a berrar no programa da Fátima Lopes. Que pessoas solitárias e carentes vejam na Fatinha a filha prendada que nunca tiveram até consigo entender. Mas a presença do ventríloquo decadente e histérico, com um pato de peluche que parece um brinde da feira popular já me provoca alguma surpresa!

A minha teoria é:

O dono do pato sabe “coisas”. Deve ter-se encontrado com o Pinto Balsemão num antro de um qualquer sub-mundo da capital. E é à custa de uma pérfida chantagem que se mantêm no ar durante todos estes anos, muito embora seja o pior artista de variedades que alguma vez já pisou a superfície da Terra.
É claro que perdi algum tempo conjecturando acerca da natureza do segredo com que o ventríloquo negoceia. Mas vou deixar-vos imaginar essa parte.

8.6.07

(anti) globalização

Cimeira do G8. Lá se juntam os líderes dos países mais ricos, para debater o futuro do mundo, comer canapés de caviar e tirar o retrato de família. E a cada cimeira há sempre, para estragar a festa sem mácula, os manifestantes anti-globalização.
Mérito seja dado a estes jovens – desde já manifestam-se, o que não pode ser mau. Mas irritam-me. Vejo-lhes certas incoerências. É que não há nada mais globalizado que um manifestante anti-globalização. São todos iguais, como seita que implique o uso de uniforme: o mesmo penteadinho freak, as rastas, o blusão militar, lenço Arafat, malabares e cães pulguentos. Globalizadinhos, passadinhos a papel químico, podem ser encontrados em qualquer sítio: em Berlim, em Paris, Amesterdão ou à porta do Piolho.
Quando se manifestarem com uma capa de burel, vestidos à sevilhana, tamancos holandeses ou calções tiroleses, eu - fica aqui prometido - pego no meu lenço de lavradeira minhota e vou manifestar-me também. Que vontade de gritar contra o Bush é coisinha que não me falta!

1.6.07

A infância absurda


História #1

Ao contrário do que acontece com a maioria dos miúdos, o primeiro dia de infantário não foi nenhum drama para mim. O dia passou-se alegremente sem birras, sem lágrimas e sem saudades. No dia seguinte, quando a minha mãe me acordou e me disse "toca a ir para a escolinha!" é que eu fiquei indignada... Uma vez ainda vá que não vá, mas ninguém me tinha explicado que aquilo se iria repetir indefinidamente. "Outra vez?", perguntei. E aí sim, fiz uma birra dos diabos.


História #2

Quando andava no infantário, tinha um namorado chamado Ricardo. Éramos um verdadeiro par. Um dia, o Ricardo ficou doente e faltou. Nesse dia casei-me com o Zé Pedro.


História #3

Quando era pequena, passava muito tempo na farmácia da minha avó. Uma vez, desapareci. Toda a minha família - e, em breve, toda a rua - desesperou à minha procura. Não havia maneira de eu aparecer e ninguém me via há já algum tempo. Até que me encontraram. Estava na loja em frente da farmácia, sentada na montra, a imitar um manequim. Estivera lá durante toda a agitação, à vista de toda a gente, mas ninguém se lembrara de olhar.


História #4

Devia ter uns 5 anos quando cheguei à conclusão que lá em casa devíamos ser mesmo pobrezinhos. A única explicação plausível para a minha mãe não me deixar beber leite condensado todas as manhãs era o facto de ele ser mais caro que o normal.


História #5

Quando era pequena tinha dois amigos imaginários. Chamavam-se "Choné" e "Pêla" - e não me perguntem o que é que Pêla quer dizer porque eu também não sei. Iam comigo para todo o lado, dava-lhes as mãos na rua para atravessarem em segurança e falava com eles. O mais interessante é que, mesmo na minha imaginação, não eram de carne e osso. Tinham forma de - como hei-de descrevê-los? - bolas de cotão.


A gente sabe que esta posta não faz muito sentido nem tem muita piada, mas queríamos abrir aqui um fórum. Esperamos que os nossos leitores também partilhem as "coisas absurdas que pensavam e faziam quando eram pequeninos". Em jeito de homenagem ao dia da criança...