2.12.07
16.11.07
Probabilidades
Para além disso, tenho tomado ainda mais consciência de que as coincidências e acontecimentos estranhos têm sempre explicação científica. Até os resultados mais improváveis podem acontecer se repetirmos a experiência um número suficiente de vezes.
Eu passo a exemplificar: desde que estou nos states, basicamente só paro de ouvir música para 1) dormir; 2) ir à casa de banho; 3) falar com a família no skype; 4) reunir com o chefe. Estas actividades, juntas, ocupam uma porção insignificante do meu dia. Logo, tenho repetido a experiência "ouvir música" muitas, muitas vezes. E por isso não estranhei quando no outro dia liguei o iPod no momento em que me preparava para começar a minha corrida matinal e me sai a música "I Better Run" dos Rosebuds, ou quando passei uma viagem de autocarro inteira a tentar apertar um teimoso botão ao som da "The Hardest Button to Button" dos White Stripes...
8.11.07
24.10.07
Red List de Piropos
Como cidadã emocional e emocionada por esta questão resolvi cortar sobre este assunto que considero de extrema importância e tenho a pretensão de iniciar uma verdadeira cadeia dos amigos-do-piropo!
Então cá vai disto (cientificamente por categorias, que isto não é brincadeira nenhuma...):
botânico-que-se-impõe-por-deformação-profissional-e-que acho-piroso-até-na-primavera:
"Tu és a mais bela das flores, uma rosa. Queres florescer no meu jardim?"
herança católico-judaica-e-para-ler-com-sotaque-brasileiro:
"Se beleza fosse pecado, Deus não te perdoaria jamais!"
lógico-docinho-meloso:
"És a minha pipoquinha (porque és boa como o milho...)!"
biológico-que-se-dizia-quando-um-gajo-astronomia-passava-no-corredor:
"Que bela união gamética!"
gastronómico-saudosista-que-diziam-nos-filmes-a-preto-e-branco-que-a-minha-avó-via:
"O que é doce nunca amargou..."
desesperado-sexy-...:
"Ai se te apanho entre mim e o chão que piso..."
e o que nenhuma gaja devia ter de ouvir:
"Já foste boa!"
E fica assim cumprida a minha missão neste mundo...
P.S. - toda esta exploração mental começou porque hoje ouvi um daqueles assobios (que são um piropo per se)....mas afinal era só o toque de chegada de mensagem do telemóvel do gajo que ia sentado atrás de mim no autocarro.....uma imperatriz não havia de ser sujeita a tamanha humilhação..mas também quem anda de 207 sujeita-se....
23.10.07
Manhatã
Varando a manhã de norte a sul
Deusa da lenda na proa
Levanta uma tocha na mão
Todos os homens do mundo
Voltaram seus olhos naquela direção
Sente-se o gosto do vento
Cantando nos vidros nome doce da cunhã:
Manhattan, Manhattan
Manhattan, Manhattan
Um remoinho de dinheiro
Varre o mundo inteiro, um leve leviatã
E aqui dançam guerras no meio
Da paz das moradas de amor
Ah! Pra onde vai, quando for
Essa imensa alegria, toda essa exaltação
Ah! Solidão, multidão
Que menina bonita mordendo a polpa da maçã:
Manhattan, Manhattan
Manhattan, Manhattan
22.10.07
Já chega de postas a dizer bem de pessoas...
Sim senhor, a ideia de trazer os amigos até nem é inédita. Mas quem explica ao Jorge que ele não é o Johnny Cash, e também não está morto (ou estará?).
15.10.07
A Mouca foi às compras...
... e lá pôs o novo disco da PJ Harvey no saco, sem sequer pedir uma amostra na loja. Sem fazer ideia, portanto. Chegou a casa, pôs a menina a tocar e pasmou-se! Era a Polly, diz que sim, mas absolutamente irreconhecível aos ouvidos dos fãs. Uma Polly em versão pianinho. É como ouvir a gaja mais valentona da turma confessar que não é sempre má. Mesmo estranho. Mesmo bonito.
1.10.07
Quanto valem os Radiohead?
E parece que os moços acabaram finalmente o trabalho que tinham em mãos - os Radiohead lançam o novo álbum a 10 de Outubro. Chama-se “In rainbows” e esta à venda apenas no website da banda. Parte do problema é que a banda não tem editora! Mas os rapazes sempre gostaram de ser anti-establishment e cá está uma maneira de mostrar que se pode fazer um disco sem o apoio de uma editora ou de uma distribuidora – mai nada!
A grande novidade é que o disco não tem preço. Cada comprador decide quanto quer pagar, como nas quermesses de aldeia. Estamos muito curiosas e as duas já nos pusemos a discutir quanto valem os Radiohead.
Confrontados com a escolha, quanto é que o público pagaria por um álbum? Entregava-se à forretice de não pagar nada? O preço das lojas? O preço que levam os senhores do iTunes?
Digam-nos de vossa justiça amigas, que DCEON fará a análise e apresentará os resultados!
A Facadas e a Mouca,
25.9.07
DAT Politics
Ai gajas as maravilhas de se ser tia... Como voces sabem, aqui a facadas tem uma forte pancada por DAT politics (para quem nao conhece aqui fica o website www.datpolitics.com). Muito pouca gente parece compreender o meu entusiasmo por esta genial banda. Pois hoje fui informada que o meu sobrinho (dois aninhos apenas) adora uma musica deles que anda la por casa da minha irma numa das compilacoes best of 200X com que sempre vos presenteio.
Depois do entusiasmo ficou-me a duvida:
-o miudo tem muito muito bom gosto musical e um espirito de aventura por demais invulgar?
-ou, sera que e a gaja de dois anos em mim que adora os DAT politics e mais ninguem gosta deles porque ja enterrou a gaja de dois anos em si?
A facadas
P.S.: Que raio de tendencia que tenho para fazer postas que nao interessam nem ao menino jesus!
11.9.07
Erro hortográfico
"...não te kero encomodar, eu sei k n tenho os teus estudos mas assério que sou boa pessoa, sou soulteiro e tenho bom coração..."
a hora e os sonhos que entretanto iam adiantados cessaram e eu pensei que era realmente uma gaja muito cheia de esquisitices e prioridades e exigências e currículo...pensei sobre ter excesso de qualificações em muitas situações mas nunca pensei que chegasse ao ponto de me sentir com culpas porque tinha vontade de dizer a alguém que dar erros ortográficos e escrever este tipo de mensagens quer dizer muito sobre si.
é que ele tem bom coração e sabe disso...
isto de ser gaja e não conseguir deixar de reparar num erro ortográfico numa carta de amor de chorar baba e renho tem que se lhe diga!
9.9.07
Desesperadamente procurando uma gaja...
Mas hoje voltei a surpreender-me e foi esta a busca que me intrigou.
É a teoria "um chinelo para cada pé descalço" ou, se preferirem, "um testo para cada panela" levada ao extremo. O que, a bem da verdade, não está nada mal visto. Há que associar o isoterismo-Paulo-Coelho a um espírito mais pragmático para se singrar na vida: se as almas-gémeas andam para aí, porque não procurá-las no Google?
24.8.07
Vida de cão
Antes de mais, esta posta requer uma contextualização. Estou em fase de convalescença de uma operação. Uma das desvantagens de se ser gaja é ter ovários e como tal ser susceptível a ter quistos nos mesmos. Até terça-feira, tinha um quisto na barriga que ocupava mais volume do que qualquer outro órgão que lá se encontrava*. E como tal tinha de ser removido. E assim hoje, mais do que uma gaja no corte, sou uma gaja com um corte, bem doloroso por sinal, na barriga. Isto tudo para explicar que nestes dias não me tenho levantado da cama e que, para além de resolver kakuros, tenho lido de tudo o que aparece. E hoje o que apareceu foi uma Nova Gente que a minha mãe me trouxe (e aqui está o porquê da contextualização - não queria que se ficasse a pensar que sou uma gaja que em condições normais lê a Nova Gente; desconheço se tenho algum tipo de reputação ou não, mas pelo sim pelo não é melhor não a destruir).
No meio de reportagens interessantíssimas sobre a Princesa Diana, o Cristiano Ronaldo e outros "famosos" de que nunca ouvi falar, houve um título, na secção "Íntimo", que me chamou a atenção. Dizia "Cinha Jardim não conseguiu evitar o pior" em cima, e nas parangonas "As crias morreram!". Em baixo, uma caixa tinha o seguinte título "Não pode voltar a engravidar".
Por momentos pensei que Cinha Jardim tinha dado à luz e que tudo tinha corrido mal... Mas não. Os títulos dramáticos referiam-se não a Cinha mas à sua cadela, Juanita. O texto, bastante detalhado, oferece pormenores sobre o problema que afectou a cadela e a sua ninhada, só faltando mesmo a habitual questão "e como se sente agora?", a que Juanita não estaria, obviamente, habilitada para responder.
Eu até me compadeço com o sofrimento dos animais e há que reconhecer que a vida da Juanita não deve ser fácil. Para além do drama actual, Juanita tem uma dona histérica e socialite, que deve insistir em vesti-la com roupa de marca e coisas do género e estou por isso certa de que já tem um lugar à sua espera no céu dos cães. Mas daí até merecer uma página inteira numa revista, mesmo que cor-de-rosa, parece-me um exagero!
Devo dizer que eu sou uma gaja que dedica uma boa parte do seu tempo à caça de notícias idiotas e por isso achei que já tinha visto de tudo no que diz respeito a futilidades. Obviamente estava enganada.
*Se este ano nos der na cabeça fazer a compilação das imagens de 2007 certamente que farei um scan da minha ressonância magnética para que todos fiquem de boca aberta como com a foto do meu pé tirada faz agora dois anos.
14.8.07
12.7.07
Há semanas assim
6.7.07
D. Zulmira
Os gajos dão, inclusivamente, nome a centenas de estádios por esse país fora: D. Afonso Henriques, José Alvalade, Mário Duarte, Comendador Manuel Violas, Avelino Ferreira Torres, é uma fartura! Existe, que eu conheça, uma única excepção, que me foi revelada ontem pelo amigo Zef: o estádio de Paços de Brandão, concelho de Santa Maria da Feira, que se chama nada mais nada menos do que Estádio D. Zulmira Sá e Silva.
Achei que isto merecia uma posta. Onde é que já se viu um estádio com nome de gaja? E não uma gaja qualquer, mas sim uma D. Zulmira!
29.6.07
As minhas teorias da conspiração 2
Terei sido eu a única a reparar na grande semelhante entre o trevo do Jumbo e o símbolo do MPT – Partido da Terra?
A minha teoria é:
Cá para mim a música (que deve estar recheada de mensagens subliminares), conjuntamente com as cada vez mais frequentes aparições do Eng. Gonçalo Ribeiro Telles na TV a respeito dos mais variadíssimos assuntos, fazem parte de um plano dos Eco-marialvas para dominar Portugal, quiçá o Mundo. Eu sempre disse que esses tipos são perigosos...
As minhas teorias da conspiração 1
A minha teoria é:
O dono do pato sabe “coisas”. Deve ter-se encontrado com o Pinto Balsemão num antro de um qualquer sub-mundo da capital. E é à custa de uma pérfida chantagem que se mantêm no ar durante todos estes anos, muito embora seja o pior artista de variedades que alguma vez já pisou a superfície da Terra.
É claro que perdi algum tempo conjecturando acerca da natureza do segredo com que o ventríloquo negoceia. Mas vou deixar-vos imaginar essa parte.
8.6.07
(anti) globalização
Mérito seja dado a estes jovens – desde já manifestam-se, o que não pode ser mau. Mas irritam-me. Vejo-lhes certas incoerências. É que não há nada mais globalizado que um manifestante anti-globalização. São todos iguais, como seita que implique o uso de uniforme: o mesmo penteadinho freak, as rastas, o blusão militar, lenço Arafat, malabares e cães pulguentos. Globalizadinhos, passadinhos a papel químico, podem ser encontrados em qualquer sítio: em Berlim, em Paris, Amesterdão ou à porta do Piolho.
Quando se manifestarem com uma capa de burel, vestidos à sevilhana, tamancos holandeses ou calções tiroleses, eu - fica aqui prometido - pego no meu lenço de lavradeira minhota e vou manifestar-me também. Que vontade de gritar contra o Bush é coisinha que não me falta!
1.6.07
A infância absurda
História #1
Ao contrário do que acontece com a maioria dos miúdos, o primeiro dia de infantário não foi nenhum drama para mim. O dia passou-se alegremente sem birras, sem lágrimas e sem saudades. No dia seguinte, quando a minha mãe me acordou e me disse "toca a ir para a escolinha!" é que eu fiquei indignada... Uma vez ainda vá que não vá, mas ninguém me tinha explicado que aquilo se iria repetir indefinidamente. "Outra vez?", perguntei. E aí sim, fiz uma birra dos diabos.
História #2
Quando andava no infantário, tinha um namorado chamado Ricardo. Éramos um verdadeiro par. Um dia, o Ricardo ficou doente e faltou. Nesse dia casei-me com o Zé Pedro.
História #3
Quando era pequena, passava muito tempo na farmácia da minha avó. Uma vez, desapareci. Toda a minha família - e, em breve, toda a rua - desesperou à minha procura. Não havia maneira de eu aparecer e ninguém me via há já algum tempo. Até que me encontraram. Estava na loja em frente da farmácia, sentada na montra, a imitar um manequim. Estivera lá durante toda a agitação, à vista de toda a gente, mas ninguém se lembrara de olhar.
História #4
Devia ter uns 5 anos quando cheguei à conclusão que lá em casa devíamos ser mesmo pobrezinhos. A única explicação plausível para a minha mãe não me deixar beber leite condensado todas as manhãs era o facto de ele ser mais caro que o normal.
História #5
Quando era pequena tinha dois amigos imaginários. Chamavam-se "Choné" e "Pêla" - e não me perguntem o que é que Pêla quer dizer porque eu também não sei. Iam comigo para todo o lado, dava-lhes as mãos na rua para atravessarem em segurança e falava com eles. O mais interessante é que, mesmo na minha imaginação, não eram de carne e osso. Tinham forma de - como hei-de descrevê-los? - bolas de cotão.
A gente sabe que esta posta não faz muito sentido nem tem muita piada, mas queríamos abrir aqui um fórum. Esperamos que os nossos leitores também partilhem as "coisas absurdas que pensavam e faziam quando eram pequeninos". Em jeito de homenagem ao dia da criança...
31.5.07
Greve Geral
Eu dou sempre por mim a tentar perceber como é que contar a MESMA coisa pode resultar em cifras tão diferentes. Nunca fui boa nas contas, é verdade, e minhas memórias das aulas de Matemática estão um tanto ou quanto enubladas por força dos anos. Mas será a isto que os Matemáticos se referem quando falam em “números imaginários”?
17.5.07
"Jesus died on the cross to save you"
9.5.07
as gajas e os carros
Para os gajos, "gajas e carros" não é uma combinação agradável, a menos que as mesmas se encontrem desnudadas ou em trajes menores em cima dos veículos - parados, pois então! - como as fotos que se encontram vulgarmente em calendários afixados em oficinas ou estabelecimentos afins. Quando falamos de gajas ao volante, os gajos pensam instantaneamente em "perigo". Irei começar esta posta, portanto, por esclarecer que 1) isso das gajas serem perigosas ao volante é um mito; 2) estatisticamente está provado que são os gajos que causam a maior parte dos acidentes de viação em Portugal. A única coisa que eu até poderei concordar é que os gajos têm, vá, uma ligeiramente maior aptidão para as manobras complicadas.
Porém, apesar de este ser sem dúvida um assunto pertinente e merecedor de uma posta futura, este pequeno desabafo que lêem não fala sobre gajas e carros em geral, mas sim sobre nós (As gajas) e os nossos carritos em particular.
É que parece que se abateu sobre nós um terrível azar automobilístico. A Gaja Mouca, por exemplo, viu em pouco tempo o seu querido Doutor Totó definhar e ficar sucessivamente sem travões, sem embraiagem, sem bateria e, mais recentemente, sem caixa de velocidades.
Até há bem pouco tempo, eu, a Gaja Manca, não tinha razão de queixa do meu pequeno Luís Filipe. Mas, há três semanas, tudo mudou. Uma gaja - essa sim, obviamente desajeitada - decidiu esquecer-se de travar e embateu com toda a força na traseira do meu lindo Peugeot 106, que, em consequência, se esborrachou todo contra o veículo da frente. Foi a morte do Luís Filipe.
Felizmente, a minha mãe pôde dispensar o seu Xico Late para que eu me pudesse deslocar diariamente ao meu distante local de trabalho. Durante três semanas, não houve percalços dignos de registo. Porém, ontem o azar voltou a bater-me à porta. Ao ir buscar o meu gajo (que estava apeado precisamente porque o seu CRido tinha decidido avariar no dia anterior - mais um azar automobilístico!), o Xico Late tossiu e parou-se-me em cima de uma passadeira. E não voltou a arrancar por nada deste mundo. Eu fiquei azul de fúria! Como é possível tanto azar?
Mal eu sabia que a situação iria piorar. No minuto seguinte, duas outras condutoras tiveram um acidente ali, à minha frente, e tentaram vender à polícia (que felizmente não lhes deu ouvidos) a história de que a culpa era minha (e eu, que estava ali paradinha com o carro bem sinalizado!). Eu, que já tive complicações que cheguem com seguradoras nos últimos tempos, nem quis ouvir nada do que as parvas estavam para ali a dizer.
Chegado o reboque, o condutor torceu logo o nariz ao ouvir o barulho que o Xico Late fazia. "Isto é mas é falta de gasolina". "O quê?" disse eu toda ofendida. "Mas o ponteiro ainda estava longe do zero e a luz da reserva nem sequer acendeu!". O que é certo é que eu, com um carro novo nas mãos, tinha decidido averiguar quantos quilómetros conseguia fazer com um depósito. E fiquei a sabê-lo da pior maneira. O maldito Xico Late tinha mesmo o indicador da gasolina descalibrado e esqueceu-se de me avisar que estava faminto. E assim fui humilhada perante o mundo como "a gaja-chamou-o-reboque-por-ter-ficado-sem-gasolina". Cada vez detesto mais conduzir!
O que eu acho é que os papelinhos com a "oração do condutor" e a figura do Menino Jesus de Praga que a minha avó me obrigou a pôr na carteira para me protegerem em viagem devem ter passado do prazo de validade!
4.5.07
FMI ou "o respeitinho é muito lindo..."
É o José Mário Branco e essa grande tesourada na casaca dos portugueses. Chama-se FMI, foi escrito em 1979 mas podia ter sido escrito ontem!
2.5.07
Posta (a meu ver) absolutamente necessária
Decidi pôr este espaço extra todo para garantir que não se veja nem a testa de cada vez que se abra a página!
Ufa!
28.4.07
27.4.07
A Gaja que não acabou os estudos
Quando penso que por pouco não convencia os meus pápás a deixar-me ir para a Faculdade... A esta hora teria gasto preciosos anos da minha juventude em mestrados e doutoramentos e seria uma mal paga bolseira de investigação, sem direito a férias, nem a feriados, nem a baixa médica. Até chega a ser perigoso, não explicar aos jovens logo a partir dos 15 anos o que é o "Estatuto de Bolseiro de Investigação". É preciso tentar demovê-los desde cedo e fazê-los abandonar o gosto pela Ciência a todo custo, antes que seja tarde demais e caiam em desgraça. Eu sei destas coisas que lá no salão aparece de tudo, e chega-me lá muita mãe a chorar por ter o filho nas listas da FCT.
Outra das coisas horríveis que me podiam ter acontecido se tivesse estudado era seguir a carreira docente. Tenho vários amigos que se meteram nessa vida e digo-vos, aquilo é coisa mesmo triste! É vê-los todos os anos amarrados às listas de colocação, como quem consulta o obituário. Quando não estão desempregados, andam a correr o país como ciganos, a perder o juízo todinho numa escola qualquer.
23.4.07
Diario de uma "camone"
Caras gajas:
A mente de uma gaja isolada do seu pais e cultura e uma tremenda caixa de surpresas. Como sabem a mana facadas esta a viver algures no deserto na fronteira dos EUA e Mexico. As diferencas culturais como sabem, ou pensam que sabem, ou imaginam, sao inumeras. Poderiamos ir por este caminho e escrever uma posta enorme que nao levaria a lado nenhum, mas nao vamos fazer isso. O objectivo desta posta e mostrar o quao estranho o coracao humano e, e o quanto este nos pode surpreender.
Sabado de manha estava a conduzir a minha Nissan pick-up verde fluorescente (que coisa tao americana) em direccao a reserva india que fica mais ou menos a uns 10 km da cidade onde vivo. Todos os meses faco esta viagem para ir comprar o meu abastecimento mensal de cigarros. Isto porque, neste pais, um maco de tabaco custa pelo menos uns 5 USD (aprox. 4 Euros), e na reserva india custa cerca de 3 USD. As razoes para esta discrepancia sao, mais uma vez, mais que muitas, mas isso fica para outro dia. O interessante e que ja em plena reserva india vi um sinal escrito a mao numa cartolina a dizer:
Mexican Fiesta
April 21 & 22
Todas nos sabemos que sou uma gaja "catolica apostolica romana", mas seguramente todas as vezes que fui a Fatima fui "arrasatada" pela minha mae. No entanto, estando aqui, nao sei porque, veio-me uma nostalgia e alegria enorme a ver este singelo cartaz escrito a mao a anunciar a Mexican Fiesta da Nossa Senhora de Fatima. E mais com a nostalgia veio uma vontade enorme de ir a dita fiesta. Mas de boas intencoes esta o inferno cheio e... bem, como e obvio o episodio termina aqui.
A facadas
P.s.: Ja agora parece-me que a festa tera sido mudada do dia 13 de Maio para 21 de Abril, porque a 13 de Maio nao e possivel ter Mexican fiestas ao ar livre em pleno dia porque o calor e mais do que muito...
12.4.07
12 moradas de silêncio
Aqui.
É um blog, e é amigo, mas não é por isso que está aqui. É porque é bonito e vale a pena lá ir.
9.3.07
RIP
" I hear you skating on the ice
And wonder why you left me twice
The eerie sound of blade on lake
Cracks my skin and I fill with ache
But I don't want this heart
I don't need this blood "
E incrivel como as vezes a musica pop nos transporta para outro mundo, muda a luz, a cara das pessoas e nos muda a nos, nem que dure apenas os 2.30 minutos de uma bela melodia. Para mim este e um poder exclusivo da melhor musica pop, e poucos o fizeram com tanta simplicidade e beleza cristalina como os The Go-Betweens.
Assim que cheguei ao trabalho decidi investigar se tinha saido algum novo disco dos The Go-Betweens desde o ultimo e belissimo "Oceans apart". O que encontrei foi isto:
2.3.07
um salto mais alto
Hoje vou falar-vos de sapatos de tacão. Tacones lejanos, como diria o outro. Pois parece que começa a estar na moda ver rapazes com este tipo de calçado. E não falo daqueles que se vestem de Mérilin Monroi para cantar os parabéns aos amigos, saindo de uma gigante Torta de Noz. Refiro-me a gente que no seu dia-a-dia até pode passar meio despercebida, com o seu outfit simples, roupinha barata, talvez até comprada na Humana (ai que isto hoje é só publicidade). E de repente, puff! Venha daí o tacão e cá vamos nós.
Sempre achei, mesmo sendo gaja, um grande incoveniente usar salto alto. Claro, pode ter as suas vantagens se queremos livrar-nos do namorado da nossa melhor amiga (todas nós vimos Jovem Procura Companheira). Mas não sou nenhuma bailarina para ter de andar em bicos dos pés. Também me assusta descer a Av. dos Aliados (assustava, porque agora aquilo é tudo betão armado) e tropeçar numa pedra da calçada. O equilíbrio necessário para fazer boa figura é enorme, e já todas sabemos como gosto de beber um ou dois copos de vez em quando. Ou seja, tacões para mim, jamé salomé, como diria a outra.
Mas e agora? Vai uma gaja tranquila a uma petite soirée com o seu téne Gola e vê um GAJO de salto agulha Prada??? Minhas amigas... não pode ser. Não podemos deixar que o nosso mundo continue a ser tomado por gajos. Eles já usam cremes anti-rugas, eles já usam cachecóis de tecido fino e côr lilás (vulgo, Gigis), eles já fazem depilação a laser e liftings, eles até já vão aos concertos dos D'zrt e sabem as letras da Floribella. Não podemos deixar que nos tirem a única coisa que julgávamos ser realmente nossa: os preciosos tacões.
Por isso um apelo: vão já a correr à Bata ou à H&M comprar uns sapatinhos de salto alto, nem que sejam baratinhos. Só para mostrar que, apesar de tudo, podemos ser mais altas!
Com amor
FriFri
1.3.07
23.2.07
coisas que li no jornal...
No jornal "Público" de 23 de Fevereiro de 2007
Afinal Alberto João Jardim é o maior e eu sem fazer ideia. Ainda bem que tenho esse incontornável vulto nacional da cultura/política/entretenimento, o Vasco Pulido Valente, para me chamar à razão quanto a esse assunto!
12.2.07
11.2.07
A gripe e a abstenção
Nos 10 anos que levo de maioridade, nunca me abstive. E não o irei fazer amanhã, apesar de me ver confrontada com um grave problema: como me deslocar até à minha cidade natal e ao meu local de voto com 39ºC de febre resistente a benurões?
Deixo aqui um apelo: adeptos do "sim" engripados como eu, não pensem, baseados nas sondagens, que as contas já estão feitas! Façam um pequeno sacrifício e vão votar. Aqui ficam alguns conselhos:
1. Munam-se de lenços de papel (nada de pingar ranho para cima do boletim do voto; para além de ser possidónio pode esborratar e anular o vosso voto).
2. Assegurem-se de que conseguem abrir os olhos o suficiente para distinguir o "sim" do "não".
3. Tentem controlar os tremores e calafrios para que a mão não vos fuja e resvale para o quadradinho errado.
Será um pequeno sacrifício da vossa saúde e dignidade em prol da saúde e dignidade das mulheres do nosso país (peço desculpa por esta espécie de trocadilho foleiro, mas a minha imaginação, ultimamente já diminuída, encontra-se toldada q.b. pela febre).
8.2.07
Diário de uma gaja Mouca
Mas deixando as divagações gramaticais e voltando ao assunto inicial - o otorrino. Por fora o meu ouvido pareça igual a qualquer outro, mas lá por dentro está (pelo visto) mais arruinado que os cofres do estado, mais destruído que Lisboa no final do terramoto de 1755. Prosseguindo com comparações estúpidas e perfeitamente escusadas, a senhora Otorrinolaringologista (casos de natureza tão séria devem ser resolvidos por gajas), quer armar-se em Marquês de Pombal e fazer uma reconstituição das minhas ruínas internas, de bisturi em punho!
Isto de transformar o meu ouvido na Baixa Pombalina, embora tenha o muy nobre objectivo de me transformar numa gaja mais saudável, isenta de doenças estranhas com nomes acabados em “oma”, tem os seus quês. Para começar, é já sabido que ficaria mais Mouca. Eu sei que ser Mouca é já uma espécie de imagem de marca, mas ficar ainda mais surda causa-me certa espécie…
Assim sendo, aquilo que à partida seria uma simples obra de beneficiação transformou-se num grande dilema para mim. Estou habituada a enfrentar grandes dilemas logo pela manhã, como sejam vestir saia ou calças, a côr da gigi, comer cereais ou antes umas torradinhas. Tudo dilemas da máxima importância, que resolvo sempre com elegância e eficácia. Mas como este ainda não me havia surgido nenhum, e isto está a ocupar-me uma parte significativa dos meus pensamentos diários.
Pelo acima exposto queiram desculpar-me o facto de não escrever postas sobre o aborto, nem sobre os grandes portugueses, nem sobre outros assuntos a pedido. Estou a pensar no meu umbigo, perdão – ouvido!
Nota: depois de uma breve pesquisa descobri que a maior palavra portuguesa é afinal, Pneumoultramicroscopicossilicovulcanoconiótico, que designa uma pessoa que sofre de Pneumoultramicroscopicossilicovulcanoconiose, uma doença pulmunar. Agora sim, o record é meu!
1.2.07
bacalhau
Uma gaja emigra. Como todos os emigrantes sente-se sempre essa coisa tao portuguesa a que chamamos saudade. Eu emigrei ja la vao mais de tres anos e este tempo todo a coisa de que senti mais falta foi do nosso belo bacalhau. Embora se encontre bacalhau um pouco por todo o mundo, nao imaginam o quao dificil e encontrar o nosso bacalhau salgado. Este e intimamente portugues e muito muito dificil de encontrar. Se nunca provaram bacalhau fresco, nao provem, e uma desilusao, faz o coracao de uma portuga encolher... Mas ontem, ontem finalmente encontrei uma pequena caixinha de madeira no supermercado. Na caixinha dizia 1lb of salted cod. Meninas, o coracao cresceu, as mamas queriam-me saltar do peito. Nao era um daqueles lindos peixes enormes abertos ao meio e empilhados ate ao tecto como vemos no Continente por altura do Natal, nem sequer enchia o supermercado inteiro desse cheiro tao tipico, mas gajas, finalmente me convenci desse dizer de sabedoria tao duvidosa: o tamanho nao conta!
30.1.07
Florifenómeno
E se, porventura, um público sequioso de novidades exigisse a publicação de pérolas literárias tais como - por hipótese - "O Amuleto de Tomás" ou "A Descoberta de Carlota"...
...quantas expressões faciais diferentes conseguiria interpretar tão trabalhadeira rapariga, de forma a abrilhantar tamanha quantidade de capas?
25.1.07
Que é feito dela?
- AS CHAVES!!
E eu nunca resisto à tentação de gritar, em resposta:
- O DINHEIRO!!
Por isso vos pergunto: o que é feito da amiga Olga??
15.1.07
Nip Tuck
Eu sei que passo a vida a mandar postas ao lado, mas nao posso deixar de dizer a todas que nao percam a estreia da serie Nip Tuck, hoje na TVI. Nao posso imaginar um programa mais indicado para nos gajas... "ao final das contas" a serie e sobre dois cirurgioes plasticos (e o So dotor Sean Macnamara enche os olhos de qualquer gaja) e as suas gajas desesperadas por uma boa duma cirugia. A serie e mesmo boa... tentem e se nao gostarem tentem mais uma vez ou duas... se depois disso nao estiverem viciadas entao alguma coisa esta muito muito mal no vosso intimo de gaja.
A facadas
5.1.07
genius knows genius
Doug Walker: What musicians would you like to work with that you haven't yet had the opportunity too?”
Matt Johnson: Hmm. (...) There’s really not many names that spring to mind. I’ve worked with most of the people I wanted to work with and there’s probably some I haven’t heard yet that I’ll probably love. Off the top of my head a duet with either PJ Harvey or the singer from Cat Power would be nice.